AMOSTRA HV 03/2013
1. Amostra: Fusarium oxysporum
f. sp. Passiflorae.
2. Cultura: Passiflora
edulis f. flavicarpa (Maracujá-amarelo)
3. Local de
coleta: Feira Livre.
4. Sintomatologia:
Os sintomas mais facilmente
visualizados são murcha repentina, colapso e morte, verificados em qualquer
fase do desenvolvimento vegetal. As plantas jovens apresentam, inicialmente,
mudança de coloração da folhagem, de verde-brilhante para verde-pálido, podendo
haver queda das folhas mais velhas. Plantas adultas no início da infecção
apresentam amarelecimento das folhas mais novas. Ocasionalmente, pode ocorrer
colapso em apenas alguns ramos antes do colapso total. Quando a infecção ocorre
na fase de frutificação, os frutos verdes murcham, enquanto que os já coloridos
podem amadurecer normalmente. Os sintomas internos podem ser visualizados por
corte transversal ou longitudinal, onde observa-se escurecimento ou avermelhamento
dos vasos do xilema, que tornam-se impermeabiliza-dos, impedindo o transporte
de seiva para outros tecidos. Em condições de alta umidade, surgem rachaduras
no caule, onde podem ser encontradas as frutificações do fungo. A inoculação de
plântulas produz, aos 7-9 dias, clareamento das folhas novas não expandidas e,
aos 14 dias, queda das folhas sem que haja necessariamente a ocorrência de
murcha.
5. Etiologia:
Fusarium oxysporum f. sp. Passiflorae pertence à
subdivisão Deuteromycetes, ordem Moniliales, família Tuberculariaceae.
6. Controle:
Para limitar a ocorrência da doença,
recomenda-se evitar o plantio em solos arenosos, pobres em matéria orgânica e
mal drenadas; plantar linhagens resistentes do maracujá-amarelo, como o
cultivar australiano Redlands Triangular; tratar o solo das sementeiras,
procurando impedir o desenvolvimento do fungo e , finalmente, controlar os
nematoides e erva-daninhas pelo uso de herbicidas ou implementos que não causem
danos ao sistema radicular da planta ou disseminem o patógeno no
solo. Uma vez instalada a doença, recomenda-se a erradicação dos maracujazeiros
afetados. Em áreas planas, também devem ser eliminadas 5 a 6 plantas
aparentemente sadias no sentido radial a partir da planta doente. Em encostas
ou terrenos inclinados, um número maior deve ser considerado no sentido do
declive. A erradicação deve ser feita sem que haja movimentação de solo ou água
na área infestada.
Bibliografia
Consultada
KIMATI, H.; AMORIM,
L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; Manual de
fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas. 4ª Ed. Vol. 2, pag. 99 a 117 –
São Paulo: Agronômica Ceres, 2005.
BERGAMIM FILHO, A.; KIMATI, H. & AMORIM, L.
[editores] Manual de Fitopatologia – Vol. 1: Princípios
e conceitos. – 3. ed. – São Paulo: Agronômica Ceres, 1995. 919 p. – 2v.: il.
Cooperadores
Lívio Diego
Geane Lourenço
Fernando Fernandes
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