sexta-feira, 1 de março de 2013

Amostra HV 03/2013



AMOSTRA HV 03/2013



  

1.                   Amostra: Fusarium oxysporum f. sp. Passiflorae.

2.                   Cultura: Passiflora edulis f. flavicarpa (Maracujá-amarelo)

3.                   Local de coleta: Feira Livre.

4.                   Sintomatologia:

Os sintomas mais facilmente visualizados são murcha repentina, colapso e morte, verificados em qualquer fase do desenvolvimento vegetal. As plantas jovens apresentam, inicialmente, mudança de coloração da folhagem, de verde-brilhante para verde-pálido, podendo haver queda das folhas mais velhas. Plantas adultas no início da infecção apresentam amarelecimento das folhas mais novas. Ocasionalmente, pode ocorrer colapso em apenas alguns ramos antes do colapso total. Quando a infecção ocorre na fase de frutificação, os frutos verdes murcham, enquanto que os já coloridos podem amadurecer normalmente. Os sintomas internos podem ser visualizados por corte transversal ou longitudinal, onde observa-se escurecimento ou avermelhamento dos vasos do xilema, que tornam-se impermeabiliza-dos, impedindo o transporte de seiva para outros tecidos. Em condições de alta umidade, surgem rachaduras no caule, onde podem ser encontradas as frutificações do fungo. A inoculação de plântulas produz, aos 7-9 dias, clareamento das folhas novas não expandidas e, aos 14 dias, queda das folhas sem que haja necessariamente a ocorrência de murcha.

5.                  Etiologia:

Fusarium oxysporum f. sp. Passiflorae pertence à subdivisão Deuteromycetes, ordem Moniliales, família Tuberculariaceae. 

6.                  Controle: 

Para limitar a ocorrência da doença, recomenda-se evitar o plantio em solos arenosos, pobres em matéria orgânica e mal drenadas; plantar linhagens resistentes do maracujá-amarelo, como o cultivar australiano Redlands Triangular; tratar o solo das sementeiras, procurando impedir o desenvolvimento do fungo e , finalmente, controlar os nematoides e erva-daninhas pelo uso de herbicidas ou implementos que não causem danos ao sistema radicular da planta ou disseminem  o patógeno no solo. Uma vez instalada a doença, recomenda-se a erradicação dos maracujazeiros afetados. Em áreas planas, também devem ser eliminadas 5 a 6 plantas aparentemente sadias no sentido radial a partir da planta doente. Em encostas ou terrenos inclinados, um número maior deve ser considerado no sentido do declive. A erradicação deve ser feita sem que haja movimentação de solo ou água na área infestada.

Bibliografia Consultada

  KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; Manual de fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas. 4ª Ed. Vol. 2, pag. 99 a 117 – São Paulo: Agronômica Ceres, 2005.

BERGAMIM FILHO, A.; KIMATI, H. & AMORIM, L. [editores] Manual de Fitopatologia – Vol. 1:    Princípios e conceitos. – 3. ed. – São Paulo: Agronômica Ceres, 1995. 919 p. – 2v.: il.

Cooperadores

Lívio Diego
Geane Lourenço
            Fernando Fernandes

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